Cartas de um médico na guerra de Angola (1962-64) - 2 Angebote vergleichen
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Cartas de um médico na guerra de Angola (1962-64) (2013)
NW EB DL
ISBN: 9789899827707 bzw. 9899827703, Sprache unbekannt, EscrytosEd. Autor, EscrytosEd. Autor, EscrytosEd. Autor, neu, E-Book, elektronischer Download.
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Em 1962 cumpri uma comissão militar de dois anos como médico em Angola; dez meses em Luanda, dois na Muxima e um ano na Casa da Telha (Ambrizete). De lá ia escrevendo para casa; minha mãe guardou-as e encontrei-as no seu espólio. Isto me permitiu reconstituir esta crónica que aqui deixo, aqui e ali retocada, para os filhos e netos lerem. Os factos que vivi e os que outros me relataram estão descritos com então os interpretei. (hcmota@ci. uc. pt) Assim, não. O terrorismo em Angola começou em 15 de Março de 1961 e a nossa viagem de curso a 25; em Itália íamos confirmando as terríveis notícias da chacina. Eu, como a grande maioria, considerávamos que urgia ir "Para Angola, rapidamente e em força!" como Salazar comandaria em 13 de Abril de 1961, no dia do regresso da nossa viagem. Por muito que o regime nos desagradasse e por muito que o regime colonial nos indignasse o que acontecera era intolerável; assim, não. Naquele tempo havia muitos vizinhos e parentes em Angola o que mais justificava a opção. As dúvidas que então ainda tinha foram removidas pelos meus furriéis, angolanos negros, na Muxima. Que será feito deles?
Em 1962 cumpri uma comissão militar de dois anos como médico em Angola; dez meses em Luanda, dois na Muxima e um ano na Casa da Telha (Ambrizete). De lá ia escrevendo para casa; minha mãe guardou-as e encontrei-as no seu espólio. Isto me permitiu reconstituir esta crónica que aqui deixo, aqui e ali retocada, para os filhos e netos lerem. Os factos que vivi e os que outros me relataram estão descritos com então os interpretei. (hcmota@ci. uc. pt) Assim, não. O terrorismo em Angola começou em 15 de Março de 1961 e a nossa viagem de curso a 25; em Itália íamos confirmando as terríveis notícias da chacina. Eu, como a grande maioria, considerávamos que urgia ir "Para Angola, rapidamente e em força!" como Salazar comandaria em 13 de Abril de 1961, no dia do regresso da nossa viagem. Por muito que o regime nos desagradasse e por muito que o regime colonial nos indignasse o que acontecera era intolerável; assim, não. Naquele tempo havia muitos vizinhos e parentes em Angola o que mais justificava a opção. As dúvidas que então ainda tinha foram removidas pelos meus furriéis, angolanos negros, na Muxima. Que será feito deles?
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